Aquiles Martinelli

Quero levar você, leitor, a refletir sobre os tradicionais manejos políticos, que, de tanto estarem presentes no dia a dia, nos fazem obrigados a ser incognoscíveis.

          Na Roma Antiga, os imperadores adotaram a política do pão e circo, onde lutas eram travadas em estádios e, conseqüentemente, pães eram distribuídos para a platéia. Tais confrontos eram promovidos para divertir a população, desvirtuando-os de todos os problemas sociais da época.

          Passado-se séculos, esta estrutura, um tanto corrupta, não é desigual. Coincidentemente, o ano eleitoral é também o ano em que é realizada a Copa do Mundo. Com isso, as pessoas focam-se no evento esportivo e, acabam por escolher qualquer candidato, quando que na verdade, a prioridade deveria ser a escolha dos representantes sérios e justos, pois esses são quem decidem o futuro do país.

          Mas, se você estiver pensando em como escolher um bom representante, deve-se levar em conta a seriedade na relação candidato-público. Vivemos em uma sociedade em que qualquer um pode se candidatar e, com isso, perde-se o tempo de quem é realmente ético, para dividir espaço na mídia com candidatos não tão sérios assim. Especificamente nestas eleições de 2010, se ligarmos a televisão, podemos perceber a palhaçada que se tornou a política brasileira. Candidatos, tanto celebridades, quanto anônimos, mesmo sem ter um pingo de entendimento do que é ser um deputado, invadem a nossa casa para dizer abobrinhas, tendo em vista que conquistará o voto do povo, o que pode até se concretizar, já que o Brasil é repleto de criaturas como as focas que, quando são mandadas, ficam de pé, emitem sons grotescos, coitadas, e batem palma. Poucos são os que impugnam contra esses ditos “representantes” da moral e da ética.